Deveres e deveres
Não muitas vezes, o Brasil, que tem sua democracia ainda muito jovenzinha, pôde ter a decisão de votar conscientemente e sem demais preocupações. Mas será que sabemos realmente votar? Como é do conhecimento de todos, políticos mais puxados para o lado de aberrações do que para o parlamentarismo, foram eleitos, e ainda por cima com índices históricos. Claro que o papel desta coluna não é o de julgar, mas sim o de alertar e principalmente de fazer cobrar numa hora destas, o seu, e conseqüentemente, o nosso direito. Mas como isso é possível se cada dia que passa a memória eleitoral do brasileiro não responde, ou se responde não é ouvida? Como podemos cobrar justiça de alguém que já foi preso por não saber o que isso significa? Como vamos cobrar leis melhores de alguém que não sabe o que irá fazer ao chegar a Brasília? E aí, como é que fica? Talvez, não para o nosso desespero, mas sim para a nossa atenção redobrada, é o nosso dever fiscalizá-los, saber como anda aquele projeto que você ouviu falar, mas que há meses espera ou daquela praça que deveria ser arborizada, ou da escola melhorada, enfim democracia não se faz e não se fará apenas diante das urnas, ela se faz sempre e a todo instante. Bom voto dia vinte e nove e pense bem. Tchau.
Fernando Galacine,
Editor