Por Caique Gonçalves, colunista de cinema do JE Informa
O Musical "Across The Universe" parte de uma idéia bem interessante. Falar dos conturbados anos 60 através das músicas do Beatles. O filme tem uma trilha sonora deliciosa, mas não se consolida como um bom filme.
O filme começa em Liverpool ao som de "Girl" de John Lennon e Paul e McCartney. Jude (nome mais sugestivo que esse é impossível), trabalhador das docas, resolve pegar um navio para a Universidade de Princeton nos EUA, à procura do pai que nunca conheceu. E lá conhece a jovem Lucy, pela qual se apaixona. É esse casal e esse romance que irá nortear o roteiro do longa.
Os números musicais seguem durante o filme de forma magistral e surreal, justamente nos momentos em que determinadas músicas se encaixam perfeitamente nas situações criadas ao longo do filme; abordando a liberação sexual e as relações amorosas, preponderantemente.
É justamente quando as músicas passam a tratar dos protestos contra a guerra no Vietnã, que o filme se enfraquece e torna-se simplista. Esses movimentos passam a se sobrepor à ideologia do sexo, drogas e rock'n roll. Fumar maconha é encarado de uma forma natural demais para a época e a música dos Beatles é relacionada excessivamente com os jovens manifestantes da esquerda política da época.
Um grande ponto a favor deste produção foi ter regravado todas as 33 canções que fazem parte do musical, cantadas pelos atores, com arranjos apropriados para o contexto do filme. A participação de artistas da Broadway colabora com o visual dos números musicais. Mas o que prejudica, de fato, o musical é a edição mal feita com cortes absolutamente criminosos, a propaganda política escancarada, além de uns anos 60 bem fantasiosos. Para os amantes dos Beatles é uma ótima opção, quem pretende ver um bom filme, coeso, com bom roteiro, edição e boas atuações, não é indicado de forma alguma.
Avaliação: (0-10) 7,0
O Musical "Across The Universe" parte de uma idéia bem interessante. Falar dos conturbados anos 60 através das músicas do Beatles. O filme tem uma trilha sonora deliciosa, mas não se consolida como um bom filme.
O filme começa em Liverpool ao som de "Girl" de John Lennon e Paul e McCartney. Jude (nome mais sugestivo que esse é impossível), trabalhador das docas, resolve pegar um navio para a Universidade de Princeton nos EUA, à procura do pai que nunca conheceu. E lá conhece a jovem Lucy, pela qual se apaixona. É esse casal e esse romance que irá nortear o roteiro do longa.
Os números musicais seguem durante o filme de forma magistral e surreal, justamente nos momentos em que determinadas músicas se encaixam perfeitamente nas situações criadas ao longo do filme; abordando a liberação sexual e as relações amorosas, preponderantemente.
É justamente quando as músicas passam a tratar dos protestos contra a guerra no Vietnã, que o filme se enfraquece e torna-se simplista. Esses movimentos passam a se sobrepor à ideologia do sexo, drogas e rock'n roll. Fumar maconha é encarado de uma forma natural demais para a época e a música dos Beatles é relacionada excessivamente com os jovens manifestantes da esquerda política da época.
Um grande ponto a favor deste produção foi ter regravado todas as 33 canções que fazem parte do musical, cantadas pelos atores, com arranjos apropriados para o contexto do filme. A participação de artistas da Broadway colabora com o visual dos números musicais. Mas o que prejudica, de fato, o musical é a edição mal feita com cortes absolutamente criminosos, a propaganda política escancarada, além de uns anos 60 bem fantasiosos. Para os amantes dos Beatles é uma ótima opção, quem pretende ver um bom filme, coeso, com bom roteiro, edição e boas atuações, não é indicado de forma alguma.
Avaliação: (0-10) 7,0