quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Balack Obama, né?

Por Marcus Parmiccato,
para o JE de Xangai

Eles torcem por Obama, mas não sabem muita coisa sobre o que realmente se passa na nação mais poderosa do planeta. Com ares de “eu serei os Estados Unidos no futuro” a China apressou-se e logo fez pronunciamentos sobre a vitória democrata do outro lado do pacífico. O Governo de Pequim mostrou-se satisfeito com Barack Obama na Casa Branca no ano que vem. Alguns empresários aqui em Xangai não. “Barack é muito protecionista. Vai dificultar a entrada dos nossos produtos, para favorecer a indústria deles.” Contou com certa indignação um micro-empresário chinês, [mega-empresário no Brasil].

Membro do Conselho de Segurança da ONU juntamente com os Estados Unidos e mais três países, a China fez questão de tratar já nas primeiras horas dessa quarta-feira a importância do diálogo na hora de resolver questões de importância e influência mundial. A vizinha Coréia do Norte, por exemplo, foi citada. Não é de hoje que os Estados Unidos decidem sobre como tratar um governo inconstante como é o de King Jong Il, o que para os Chineses, até pelo distanciamento das duas nações, deveria ser tratado por Pequim. O grande comentário de bastidor é que a China pretende, com Obama na presidência, tornar-se amiga do peito dos americanos e não só a fábrica de onde saem as bugigangas que abastassem o mercado consumista e um grande financiador das suas dívidas. A amizade, apesar de ser made in China, parece ser legítima.