Por Aline Schuh – JE LONDRES
Governantes se reúnem, metas são criadas, mas até agora poucas mudanças podem ser vistas em relação à redução de emissões de gases que causam o aquecimento global. Seria falta de conscientização? Ou a necessidade de um pouco mais de esforço dos governantes?Essas discussões parecem não ter fim, mas de acordo com o primeiro ministro da Inglaterra, Tony Blair, ‘’o mundo finalmente reconheceu a escala do perigo das mudanças climáticas’’. Durante o encontro dos 20 paises mais poluidores do mundo, representantes se reuniram para a ultima serie de negociações sobre medidas a serem tomadas em relação ao clima, que ano passado se realizou na Escócia, entre paises do G8.
Foi também discutido o efeito das mudanças climáticas na economia. Mesmo com o esforço demonstrado pelos paises, algumas pessoas parecem não acreditar muito nessas negociações, Claude Mandil, chefe da Agência Internacional de Energia diz que existe “uma enorme distância entre palavras e ações”. Mas uma coisa é certa, algo deve ser feito. De acordo com o relatório criado pelo Centro Hadley que realiza pesquisas sobre o clima, até 2100 aproximadamente um terço do mundo estará com clima desértico. Ou seja, se mudanças não acontecerem, coisas assustadores estarão por vir. Mas e agora, o que fazer?
Não é uma tarefa fácil reduzir as emissões de gases poluentes, mas pequenas mudanças agora, podem fazer uma grande diferença no futuro. Aqui em Londres, por exemplo, o governo dá um bom incentivo para as pessoas usarem menos seus veículos. Sair de casa de carro pode custar muito caro: cada londrino paga uma tarifa de 8 libras (em torno de 32 reais) por dia, caso passe com o seu veiculo nas áreas centrais, e ainda, caso estacione o seu carro na rua (em qualquer área de Londres) poderá levar uma pesada multa, se não pagar o estacionamento. Essa é uma maneira bem interessante que o governo encontrou para incentivar as pessoas a optarem pelos outros meios de transporte, e com isso a emissão de gases poluentes por veículos pode ser reduzida aos poucos.
O que vai mudar na terra...
Super computadores, capazes de fazerem
milhões de cálculos por segundo, prevêem que
até o início do próximo século mais de um
terço do planeta esteja com o clima
desértico.
A seca moderada na terra subirá
de 25% para 50%, a seca grave
de 8% hoje, para 40% em
2100. E a seca extrema pás-
-sará de 3% para 30%. O
continente africano será o que
mais sofrerá
O gelo da Antártida derreterá, e o
nível do mar subirá 60m em
algumas cidades litorâneas. Essas
previsões foram feitas apenas com os
índices de pluviosidade, ou seja, não foram
considerados os resultados do Efeito Estufa.
...e na economia
Os Estados Unidos se recusaram a
participar do Protocolo de Kyoto,
alegando que isso iria diminuir a
taxa de emprego no país,
mas...
...Segundo o relatório,
até 2050 cerca de 1%
do PIB Mundial será
usado apenas para
reverter os efeitos do
aquecimento global.
As estimativas falam em
mais de 200 milhões de
refugiados da seca e quedas
na produção dos alimentos, com
isso a economia do mundo cairá como se o planeta estivesse em guerra.
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