Por Fernando Galacine
Editor do JE em São Paulo

Entre os mais populares falta modéstia, e sobra desconfiança. Marta Suplicy deixou claro que sua campanha, após o relaxa e goza, será direcionada para lugares onde a ex Ministra do Turismo e ex Prefeita de São Paulo não caia no ridículo. Geraldo Alckmin esforça-se para convencer que não desocupará o cargo de prefeito, caso eleito, para candidatar-se ao Governo de São Paulo, em 2010, a exemplo do atual governador do Estado, e colega de partido, José Serra. Gilberto Kassab policia-se a todo instante para que a sua agenda como prefeito não seja confundida com a de campanha, mas é inegável que além de golpes de popularidade, como aumentar de duas para três horas o uso contínuo do Bilhete único, Kassab só está no páreo na corrida eleitoral porque tornou-se prefeito às custas da desistência de Serra, numa cidade onde sequer era conhecido há pouco mais de três anos. Por fim pode-se dizer que Paulo Maluf é a personificação do candidato ideal para não ser eleito. O incrível, e porque não, bizarro, é que Maluf ainda se gaba de suas obras e de seus mandatos nos anos 90 tanto na cidade quanto no Estado de São Paulo. “A modéstia me impede de dizer, mas o DataFolha diz que o melhor prefeito de São Paulo, foi o Paulo Maluf” afirmou na sabatina, o próprio Maluf. “Então perdi a aposta” completa o repórter Danilo Gentilli. “Eu apostei com todo mundo que o senhor [Maluf] iria dizer que foi o Pitta”. Num universo que ainda nem beira ao que será em Outubro, mês das eleições, os candidatos ainda darão muitas contribuições tão, ou mais sórdidas do que estas. Conhecimento sobre nós, eleitores e os nossos respectivos problemas, os candidatos mostraram que não têm. Resta saber se a recíproca do eleitor na hora do voto será a mesma.
>> Veja a sabatina