Por Egnaldo Lopes
Editor do JE em Goiânia

"Na relação do desmatamento [na Amazônia], de junho para julho, houve queda de 50% a 60%. Na relação com julho de 2007, a queda fica entre 60% e 70%", Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente em declaração à Folha de S. Paulo nesta sexta-feira, 15 de Agosto. Será este apenas o início de bons resultados trazidos pelo ministério do Meio Ambiente? Há apenas quatro meses, o JE trazia uma notícia bem diferente:
Os índices de desmatamento da Amazônia, nossa área ambiental de importância mais reconhecida pelos cidadãos, nunca cresceram tanto, segundo pesquisa do próprio Governo Federal, divulgada recentemente pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), referente ao desmatamento no fim do ano passado. E agora em Abril, a constatação é de que a degradação continua e em grande escala: o Inpe divulgou que em Fevereiro o desmatamento atingiu uma área de 724 quilômetros quadrados. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse em entrevista ao jornal Folha de São Paulo que as medidas tomadas contra o desmatamento não têm a mesma “velocidade que a dinâmica” do mesmo e que tais medidas não terão efeito “[...] em apenas um ou dois meses. Queremos que todas venham a acontecer e que, se possível, tenhamos em 2008 uma redução do desmatamento".
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Minc acrescentou em discurso durante lançamento do programa Petrobras Ambiental: "É por isso que o pessoal da frente ruralista quer pular no meu pescoço.". Os dados são uma antecipação do que o Inpe deve divulgar nos próximos dias. Os resultados são significativos, mas o que se espera é que a efetividade de tais medidas continue. Caso contrário, o ministro parece disposto a prosseguir buscando meios que tragam resultados positivos para a preservação da Amazônia. Assim seja.