quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Dexter: o psicopata-herói?

Série estréia segunda temporada e agrada a fãs



Por Egnaldo Lopes
Editor do JE em Goiânia

Yes, I have an addiction.

A frase acima é do serial killer mais famoso da televisão: o legista da polícia de Miami, Dexter Morgan, interpretado por Michael C. Hall, já finalista como melhor ator dramático no Emmy e no Globo de Ouro pelo papel do carniceiro de Maiami que mata, tortura e esquarteja suas vítimas para saciar sua vontade; seu vício. Quer saber o que impressiona mais nesta história toda? Dexter é tido como um herói. Não pelos outros personagens do seriado de Jeff Lindsay, mas pelos telespectadores no Brasil e no mundo.

Toda essa idolatria se deve pelos critérios utilizados por Dexter para escolher suas vítimas: seguindo um ‘código’ ensinado cuidadosamente por seu já falecido pai adotivo, Morgan mata apenas outros assassinos impunes que fizeram vítimas inocentes e destruíram famílias. Trabalhar na polícia de Miami ajuda Dexter a conhecer os seus futuros troféus e a sua discrição é fundamental para que nenhum de seus colegas ou familiares, a irmã policial e a namorada (interpretadas por Jennifer Carpenter e Julie Benz, respectivamente), percebam seu instinto animal. Eu disse todos? Bem, nem todos como se verá na segunda temporada do seriado, que acaba de estrear no canal pago FX.

Numa escala que mede o sangue ruim dos personagens dos seriados americanos, a revista Veja coloca o personagem como ‘monstruoso’ (o mais alto nível de maldade) e o descreve como “um psicopata que só mata e esquarteja outros assassinos”. Mas tamanha crueldade não impede a aceitação do “monstro”: sucesso no canal americano Showtime, o seriado chegou ao Brasil pela FOX no ano passado com uma primeira temporada dublada, a contragosto dos fãs. Agora, o canal FX apresenta – legendada – a segunda temporada das peripécias de Dexter que, desde a semana passada, vem conquistando ainda mais o público brasileiro com um Dexter confuso e reflexivo, numa trama que desvenda seus mistérios pra si mesmo, para a polícia de Miami e para o telespectador que se surpreende com as interpretações marcantes de Hall, Julie Benz e Jaime Murray, que vive Lila, uma admiradora ousada do nosso ‘psicopata-herói’.

>>Veja abaixo o vídeo de boas-vindas do FX ao ‘justiceiro em série’: